A Quinta do Bom Despacho é um negócio familiar de impacto positivo. Acreditamos que pequenos negócios integrados na comunidade são o esqueleto de uma economia regenerativa, com cadeias de valor curtas e localizadas.
Motivar a ação diária para a sustentabilidade, a felicidade e o bem-estar.
Proporcionar espaços confortáveis, ecológicos e inspiradores a quem passa tempo connosco.
Seis pessoas fazem com que as coisas aconteçam por aqui. Todos partilhamos o entendimento de que a vida deve ser simples e descomplicada, e que a sustentabilidade se faz no dia-a-dia.
Quinta do Bom Despacho é um nome que remonta ao Sec. XVII e cuja História começa com o nosso antepassado Gaspar Dias, um mercador de sucesso que era de linhagem judaica. Esta origem fazia dele e sua família um alvo regular da Santa Inquisição, ao mesmo tempo que dificultava a integração na sociedade da época.
Necessitava de uma “Carta Régia de limpeza de sangue” para obter o estatuto de cristãos-novos. Gaspar fez uma promessa de erguer a “Ermida do Bom Despacho” quando conseguisse a dita carta, essencial ao seu bom nome e vida comercial. A promessa foi mais tarde cumprida e a capela construída por descendentes seus, bem como a casa que ainda hoje existe, ficando a zona conhecida como “o lugar do Bom Despacho” (atualmente o Paim).
A capela foi destruída em meados do século XIX, mas o nome ficou. Ainda hoje, “Bom Despacho” é utilizado para designar a casa e os terrenos que a circundam. A Quinta do Bom Despacho está na mesma família há mais de 400 anos, mas esteve desabitada por um largo período de tempo, tendo chegado ao final do sec. XX como uma quasi-ruína, fitando Ponta Delgada a seus pés.
António Eduardo Borges Coutinho, 2º neto do II Marquês da Praia e Monforte (mais conhecido por nós como “avô Tony), herdou a Quinta do Bom Despacho. Decidiu restaurá-la para moradia da família quando foi expropriado o palácio do Marquês da Praia, no centro de Ponta Delgada.
A obra de restauro decorreu entre 1981 e 1984, sob a sua direção e dos seus dois filhos, António e Francisco. Na Primavera de 1984, a Quinta do Bom Despacho estava pronta. António e Francisco, com as respetivas famílias, vivam nos andares superiores. Os pais (Tony e Conceição) instalaram-se no rés-do-chão do solar que partilhavam com as suas filhas no verão.
Durante três décadas, a propriedade foi um refúgio de inverno para quem a habitava e um paraíso de Verão para um exército de netos, irmãos, primos e tios, com almoços de dias quentes e longas tardes e noites em família.
Em 2014, Joana e Susana, duas dos doze netos de António Borges Coutinho, abriram um novo ciclo na propriedade ao propor transformar a propriedade num alojamento de Eco-Turismo. Foram feitas obras de fundo na casa e nos exteriores, para modernizar as infraestruturas e fazer nascer no terreno jardins terapeuticos e pedagógicos, com bio-piscina, hortas ecológicas em sistemas de permacultura.
No Solstício de Verão de 2015, a Quinta do Bom Despacho abriu as portas ao público e recebeu os primeiros hóspedes. Desde então a Susana partiu para explorar o mundo fora da ilha e a Quinta tem sido gerida pela Joana e o Jaime, com os seus dois filhos Francisco e Manuel.
Hoje, somos uma referência de sustentabilidade na ilha e no arquipélago. Enche-nos de orgulho a história da família e do solar, e agora também do futuro que lhe damos através do empreendedorismo consciente.